A BESTA AS LUAS
a besta, as luas assenta fundamentalmente na reflexão sobre a heterossexualidade
como regime político, fundado através da escravização das mulheres*. Uma ideia
que se assenta no questionamento não só da divisão e categorização de género,
mas que também se impõe em termos de conflito de classe.
Categorizações essas, que perpetuam sistemas de opressão sobre as mulheres e
sobre comunidades à margem, como a LGBTQI+, e que inviabilizam a existência
de comunidades cada vez mais interseccionais, múltiplas, justas e livres, na
tentativa de, a cada dia, escaparmos a extremismos, a guetos e sobretudo à
violência. Tomando estas questões como essenciais no pensamento de como
construir um corpo, e de como esse mesmo corpo é apresentado política e
socialmente, pretendo criar uma peça coreográfica, na qual, enuncio através de
gestos e sons, uma representação possível da geografia política de um corpo não
submisso.
Criação e interpretação Elizabete Francisca
Concepção sonora e operação ao vivo Kino Sousa
Figurino Carlota Lagido
Produção Elizabete Francisca
Apoios/residências Associação Luzlinar/ Projecto Pontes,
Damas Bar
Agradecimentos O Rumo do Fumo, A Casa do Burrikórnio, Carlos Manuel de
Oliveira, Julia Salem e Vânia Doutel Vaz Projecto financiado por Garantir
Cultura- Fundo Fomento Cultural Duração